Liberdade

Cerejeira japonesa – (Pronus surrulata)
Liberdade
A mestra natureza tanto nos ensina se pudermos estar com ela, observar seus ciclos e perceber a beleza de cada momento. Os tempos atuais exigem sermos sempre botão ou para sempre esplendor. Os tempos atuais pouco permitem acolhimento ao que deteriora, envelhece, morre ou se desfaz. Então lidar com os ciclos vida-morte-vida traz medo, angústia e ansiedade. A morte é também libertadora. É ela quem nos liberta do que não faz mais parte, do que é já passou. Ela é quem nutre o novo. É isso que precisamos reverenciar. A essência, o que fica. Se a morte não existir como vamos celebrar a chegada de uma nova vida, como vamos celebrar um botão de flor? O que nos impede de ouvir o chamado e entrar na jornada do herói é parte do nosso medo de morrer, do nosso apego ao que vai morrer. Queremos ter tudo, mas se não deixarmos ir não teremos como assumir o nosso lugar no agora.